De camisa e calcinha puídas ela se atirou e o vento em sua pele aveludou-se. E o estalido de seu corpo seminu, surdo.
Repetidas e incontáveis vezes ela ensaiou a cena final. Imaginava-se com os olhos cintilando desespero incomum, enquanto seus braços abriam-se ao voo livre, as pernas sucumbindo à queda e seus lábios denunciando-a com um quê de satisfação.
Tão egoísta. Tão ela.
Repetidas e incontáveis vezes ela ensaiou a cena final. Imaginava-se com os olhos cintilando desespero incomum, enquanto seus braços abriam-se ao voo livre, as pernas sucumbindo à queda e seus lábios denunciando-a com um quê de satisfação.
Tão egoísta. Tão ela.
Do contrário, apenas emudeceu a própria vontade. E caiu... Acolchoadamente no sofá. De camisa levantada e calcinha umedecida. Mais um dia experimentando da sensação do não ter. Outra vez querendo que o corpo dele a impelisse de um desejo sem fim. Arquejando “só pra você me poupei”.
Pauta do #DesafioBlogueiro.
Muito bom! Parabéns!
ResponderExcluirBeijos
Gosto de te ler assim...
ResponderExcluirSaudades de ter tempo para vir aqui...
Beijos
A verdadeira completude de nosso corpo está quando poupamo-o para o ser amado.
ResponderExcluirIsso é válido.
Abraços.
Wow, que incrível seu texto!
ResponderExcluirEle me fez pensar umas duas coisas que, na verdade, eram outras! Parabéns, amei.
Beijos. Bom final de semana :)
Ai, Babi... Seus textos sempre deixando margem pra imaginação do leitor!
ResponderExcluirE concordo com a Nina ♥ rs
Beijos!