O tempo passando, e ela continuava ali sentada à espera de algo ou de alguém? Enquanto eu verificava no meu relógio Champion rosa choque de cinco em cinco minutos, ela dividia minha atenção, pois permanecera na mesma posição nos últimos quarenta minutos - sua postura encurvada, seus ombros pendiam para frente, seu olhar vagava entre os sapatos dos passantes e o chão da estação. Os cabelos curtos encaracolados e castanhos emolduravam um rosto dócil, quiçá frágil, de menininha; vestia-se com um moletom verde musgo, calça jeans e All Star preto já encardido e em seu colo uma mochila, visivelmente, vazia. Creio que a própria moça também se sentia assim, vazia. Só rompi meu devaneio em continuar vigiando-a, porque meu trem chegou à estação e me despedi silenciosamente para ela, desejando que o queira que ela estivesse esperando chegasse logo para quebrar o seu silêncio.
2 comentários:
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Essa estação, principalmente esse ponto da estação é momento que apesar de delicado e dificil é bom e extremamente importante pra quem vive. Mesmo que depois de tanta espera ainda nos deparemos com algo/alguém/um ou outro trem, que não nos levará exatamente aonde desejamos ir.
ResponderExcluirGostei muito Menina, reflexivo, doce,bom, bom mesmo.
Beijos ternos
me sinto mochila todos os dias de minha vida... vazio mermo.. mas a vida tem disso... é preciso devorar os livros para ficarmos mais consistentes!
ResponderExcluir*feliz ano novo, mon amour... se cuida..
bitoquinha.