Era menina, não a culpe, aquele sentimento vivia nela. Quantas vezes o viu partir – por entre seus dedos, olhos, corpo e da imaginação? Mais uma vez o perdia. Deixava-a ali de mãos atadas à vazias, de olhos alegres a miúdos e vermelhos, de corpo entregue à margem de si, repentinamente, tudo ilusão. E ele que não chegara a provar dela como ela queria, agora reconhecia que nenhum pedaço de si ele merecia. Ela que foi tão por inteira dele permitia que outros lhe invadissem, consumindo-a e partindo sem adeus. Sem falsas promessas, sem mais quereres. Com medo da redenção continuou ali inerte entre paixões torpes aumentando-lhe sensações passageiras ao invés de se arriscar e achar que era digna de amor. Porque não importava o quanto se arrependia sobre o último a tê-la, se debulharia, suspiraria e mentiria sobre o que cada um representava em sua vida. Todos – ele e os outros, sem exceção – transformaram-na em fria e vazia.
3 comentários:
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Tomara que a menina consiga entender que só é vazia quando se afasta de si mesma.
ResponderExcluirA música não poderia ter combinado mais com o texto. É de uma poesia imensa...
Sou sua fã. E repito a mesma velha frase de sempre. Você realmente é foda, quando eu souber o que dizer eu volto...
ResponderExcluirBeijos e obrigada pelo toque intenso de sempre.
Perfeito!!!
ResponderExcluirO que dizer depois do que li???
Acho que vou fazer o mesmo que a Tati...
Volto quando conseguir dizer algo que realmente seja relevante...
Adorei o texto!!!
Bjs