Ciranda, menina!

"Vai cantando essa ciranda com seu coração,

plantando sementes de amor na imensidão." ♪

Ela ouviu aquele pedido soar em seus ouvidos: “ciranda, menina!”. Mão a mão a força que emanava daqueles corpos unidos e da forma que ganhava vida. A imensidão do mundo dentro de si perpassando um a um. As vozes serenas em uníssono, o cântico, o vigor do ritmo tomando-lhe o cerne, a vivacidade nas passadas largas e cadenciadas pelo som do tambor. “Hei!”, esbravejavam, elevando os braços e agradecendo aos céus e sorrindo. Os pés fincavam-se ao chão pisoteando no mal, ela sentia, e o que ficava era cada vez mais puro e fulgurante. Os olhos dela embaçavam-se com lágrimas de felicidade e de uma paz graciosa. Eles se fizeram um só. E ela cirandou entregue e venerando aquela energia.