O circulo formado no centro da sala assustava-me; fora formado com uma espécie de sal grosso, ao norte uma cruz e ao sul um pentagrama estavam desenhados. A minha presença causara burburinhos e espanto, mencionavam que se eu fosse mesmo a Espírito Amarelo, a liberdade e a sabedoria dos espíritos, libertaria meu prometido de qualquer mal.
Tudo estava preparado para o combate. Enquanto refugiava-me na biblioteca onde Clara, a meio gata-humana-e-espírito, passava algumas dicas de como poderia usar meus poderes. Por que na verdade eu não sabia ainda usá-los e, quiçá, ainda sonhava em voltar a ser a mera mortal. As dicas poderiam me ajudar caso Bernardo, o prometido, se ferisse. Pois descobrira comigo, na noite anterior quando estava em meu apartamento, que além de libertadora e sábia, também tinha o poder da cura.
Clara insistia para eu tentar só levantar uma simples cadeira. Ela conseguia levantá-la e quebrar apenas um pé da cadeira. Não subestimava meus poderes. Não me contive... E se acontecesse mesmo algo para Bernardo e não tivesse ninguém para socorrê-lo, eu teria que ajudá-lo. Mesmo não querendo acreditar naquela história de anjos e demônios, amor eterno e solidão, céu e trevas.
O aviso chegou aos vultos e histeria. O temível Mrak* se aproximava para o combate...

*Em croata significa trevas.

✔NOTA:Conto que surgiu de um sonho tenebroso onde eu não era mocinha, mas que está rendendo boas ideias.

2 comentários:

  1. Muito bem escrito seu texto. Parabéns
    Xoxo
    P.s: foi mal ter confundido o seu blog, na hora do selo.

    ResponderExcluir
  2. Adoro textos assim, muito boom! :D

    ResponderExcluir

✖ Não faça propaganda de seu blog;
✖ Se discordou de algo, não publique comentários anônimos;
✖ Não é avisando que (per)segue meu blog que será recíproca;
✔ Retribuirei qualquer comentário se possuir blog;
✔ Estou aberta a críticas construtivas e a novas amizades...
♥ Desde já, agredeço sua opinião!