"Música consciente"

Vendem-se músicas, porém esqueceram-se do conteúdo. São explícitas quantas rimas falsas e clichês sob bases rítmicas contagiantes, ou capazes de atingir e questionar apenas o existencial e sentimentalismo juvenil sob contínua melancolia.

Não cabe comparar as músicas que exprimiam gritos de liberdade contra a Ditadura Militar e guerras pelo mundo afora entre as décadas de 60 a 80, pois são eternizados e aplaudidos por conseguirem expressar o que o jovem atual não consegue confrontar. Contudo, ainda há música consciente. E retratar o mercado musical nacional, onde a população não ousa a ouvir as súplicas do próprio povo exigindo e clamando por mudanças é algo a se pensar quando se fala do rap nacional.

Normalmente, o rap nacional não “desce o morro”, como dizem os próprios rappers, sendo esses crescidos e criados nas periferias das megalópoles brasileiras. Pois diante da realidade vista do ângulo em que viveram e sempre conheceram, relatam sobre as desigualdades sociais, a violência e crianças e jovens perdendo-se no mundo das drogas e bebidas. Verdades pelas quais jovens de classe média ou alta saberão, porém não as encararão como eles, diariamente.

Espelham-se nos ritmos americanos, mas criaram a própria identidade e infelizmente, são confundidos com “maloqueiros” e tachados de vagabundos, ou até mesmo com cantores de outros movimentos como, os funkeiros. No entanto, a discussão moral e social são temas principais em suas músicas.

Por isso, o rap necessita de voz e influenciar, acima de tudo, em outros gêneros musicais. Reacender a vontade de modificação não somente nos jovens, mas também um sentimento de revolução na política já que a contestam cantando sobre a realidade nua, crua e pesadamente, sangrenta.

P.S.: Voltei! É talvez os temas mudem um pouco, mas o importante é que voltei. Aos poucos vou respondendo os comentários e retomando a vida de blogueira. Pauta para o BK.
Beijo pra quem é de beijo!

9 comentários:

  1. Concordo com tudo dito aí, as músicas de hoje só sabem dizer: ô-ôoou , ou então, rebolation tion tion .
    agradeço á Deus por gostar de músicas e bandas antigas.
    Beijinho :*
    E é sempre bom te ter de volta .

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  2. As pessoas me olhavam torto ano passado em uma fase em que eu escutava um pouco de rap. '-'
    O que faz sucesso agora é coisa sem conteúdo mesmo, impressionante.
    Quem bom que voltou! :)

    :*

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  3. Se eu escutar rap, meu pai é o primeiro a me jogar pedras. Mas, não ligo (ele escuta Dejavú, então não pode vir e falar de música comigo!).
    Muito bem elaborado, o seu texto. E que bom que voltou! \õ/

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  4. Ótimo que voltou!!! Iria sentir falta dos teus textos,sempre mt bons e significativos,n importa o tema,vc detaca-se!
    É sempre necessário ler e também escutar músicas que nos traga um referencial crítico inerente a sociedade.A questão de não valorizar impede que as pessoas escutem a música nacional,caracterizada por retratar a nossa realidade...
    "Música além de ritmo,também é letra.Assim como nos textos,existe alguém que também quer ser ouvido."

    Beijos!!! Vlw pela força!!!
    Cuide-se também,oks? ; ]

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  5. aeaeae

    Amei o seu retorno. O achei brilhante.
    Texto bem escrito.
    Assunto muito bem colocado e afins.

    Gostei mesmo.

    Ps.: Essa semana fiz um texto com assunto bastante diferente do que os de sempre. Assim que terminar, vou postar. Às vezes sentimos necessidade de mais seriedade nos nossos próprios escritos.

    Ps².: Quanto ao escrito do Projeto dessa semana, eu na verdade nem ia participar da edição, queria algo mais meu, que fosse mais pra mim do que para outros. Entende? Aí de ultima hora, rabisquei o que postei no dia pra mandar, só pra não ficar sem publicação na edição. O texto 'noutro plano' é muito meu, não queria colocá-lo no projeto, por isso preferi fazer como fiz.

    Ps³.: Tenho sentido uma necessidade absurda de escrever mais pra minha própria contemplação. Meus próprios sentimentos. Não quero deixar a correria dominar meus versos.

    Grande Beijo.

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  6. Matou a pau, Babizinha!
    Muuuuito bom!
    Quando penso em música revolucionária, penso em rap. É impossível não pensar.
    De forma pesada, como você disse, eles criticam o poder e as 'sujeiras' e injustiças que cospem na cara deles.

    Boa sorte no BK.
    Tua participação tá DUCA!
    Beijo.

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  7. De pensar que a bossa nova um dia foi marginalizada...

    Esse mundo é uma comédia.

    Parece que você voltou com novos objetivos... respirou novos ares???

    Beijos!

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  8. Olá!!! Adorei os textos do seu blog. Aparecerei mais vezes. Bjs e boa quinta

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  9. Hum...
    Não sou fã de rap...
    Mas preciso dizer que essas músicas são sim um relato verdadeiro...
    Um ótimo texto...
    Gostei!!!

    Bjs

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