Entre risos e palavras soltas tentei encará-la sem pesar, pois as próximas frases sairiam afiadas de minha garganta e iria feri-la, então insistiria em não a ver sangrando e implorando que eu ficasse. Recostados na árvore mais frondosa do parque, falávamos de nossas férias frustradas e tediosas, não sabendo ao certo se devíamos citar os nossos nomes como a melhor parte de toda essa falta de distração. Ela não se importava com a calça jeans desbotada na grama molhada, e entre goles e tragos os lábios ficavam vermelhos vivos e a melhor parte dela florescia: versos bonitos eram proferidos.
Havia um vão entre nós em que eu não conseguia invadir, quem dirá abster-me. Eu gostava desse jeito tolo dela em recitar verdades. E, às vezes, até fascinava-me e mais abobado ficava. Sua façanha era logo embriagar-se para dirigir-se a mim, com a boca insana atirando-me vontades - vontades suas... Minhas por ela, deveras.
Naquele fim de tarde em que o céu resolvera mostrar-se lilás, azul, laranja e cinza após a tempestade, resolvi embriagar-me também. Ao lado dela embebi da coragem e da verdade; e cortei-a nas primeiras frases desconexas. Fui rude e reparei em seus olhos amendoados fumegarem e cintilarem num misto de desaprovação e contentamento.
No último dia que a teria por perto, uma parte de mim morreu, o medo – retirei-o do caminho, desbravei-o com uma tapa, e apesar de enganar-me por alguns instantes sobre o efeito do álcool, o sentimento revelou-se amiúde e estúpido. Suas palavras diante das minhas fluíram como eu não imaginava; um sibilar de eu tentei dizer isso a você, desculpe-me, já não temos mais tempo – despediu-se selando meus lábios com os dela e partiu. E daquela verdade eu aceitei, porque tive a certeza de que era recíproco mesmo não a tendo pra mim.
Havia um vão entre nós em que eu não conseguia invadir, quem dirá abster-me. Eu gostava desse jeito tolo dela em recitar verdades. E, às vezes, até fascinava-me e mais abobado ficava. Sua façanha era logo embriagar-se para dirigir-se a mim, com a boca insana atirando-me vontades - vontades suas... Minhas por ela, deveras.
Naquele fim de tarde em que o céu resolvera mostrar-se lilás, azul, laranja e cinza após a tempestade, resolvi embriagar-me também. Ao lado dela embebi da coragem e da verdade; e cortei-a nas primeiras frases desconexas. Fui rude e reparei em seus olhos amendoados fumegarem e cintilarem num misto de desaprovação e contentamento.
No último dia que a teria por perto, uma parte de mim morreu, o medo – retirei-o do caminho, desbravei-o com uma tapa, e apesar de enganar-me por alguns instantes sobre o efeito do álcool, o sentimento revelou-se amiúde e estúpido. Suas palavras diante das minhas fluíram como eu não imaginava; um sibilar de eu tentei dizer isso a você, desculpe-me, já não temos mais tempo – despediu-se selando meus lábios com os dela e partiu. E daquela verdade eu aceitei, porque tive a certeza de que era recíproco mesmo não a tendo pra mim.
♥
P.S.: Estou demorando muito entre uma postagem e outra, né?! É que estou sem inspiração, tenho até uns textos escritos, mas até para editá-los a coisa falha. Então, tentem me entender. (;
Beijo pra quem é de beijo!
Que lindo *-*
ResponderExcluirAdorei, Babizinha. xxx
Está fabuloso...
ResponderExcluirVocê está escrevendo muito bem!!!
E que tua inspiração volte logo...
Bjs
"Sua façanha era logo embriagar-se para dirigir-se a mim, com a boca insana atirando-me vontades - vontades suas... Minhas por ela, deveras."
ResponderExcluirUi!
O amor me embriaga e, por vezes, nada consigo falar.
Um abraço, Babizinha.
Achei muito bom, cada vez mais aprecio sua forma de escrever e descrever os acontecimentos! *-*
ResponderExcluirSem criatividade para um comentário melhor, sorry. :/
Beijos.
Oii vi seu blog num outro blog de um outro blog.
ResponderExcluiradorei aqui
o layout.a atmosfera..os assuntos...as idéias.
espero vir encher mais sua paciencia por aqui...
parabens...e tbm aproveitar e desejar uma ótima semana
e deixar o PUMsamento do dia...
se você tem aquele amigo bebum....que intorna todas...o deus dele é o zeca pagodinho e a santa é a amy winehouse....lembre que poderia ser pior..ele só num bebe acetona porque
tira o esmalte dos dente . ..
abraços e se cuide.
"Ao lado dela embebi da coragem e da verdade"
ResponderExcluirA verdade é que o amor pode sim nos dar a coragem necessária para fazer tantas coisas, mas o medo ás vezes nos impede de dizer o que sentimos e acaba por nos afastar do que mais queremos. Adorei o Texto, beijos, Mel
que fim de tarde mágico, é dessas tardes que sinto falta, dessas tardes que minha saudade fala!
ResponderExcluir^^
muuuito lindo
interessante você tomar partido pelo ponto de vista masculino... diferente. Talentosa! embora o assunto seja triste e dificil de tratar, ficou delicado, sutil :)
ResponderExcluirlindo lindo lindo
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